Cinema
(Dom, BRA, 2003)
Elenco: Marcos Palmeira, Maria Fernanda Cândido, Bruno Garcia, Luciana Braga, Malu Galli, Isabela Coimbra, Thiago Farias
Duração: 91 min.
Minha nota: 5/10
Antes de começar a falar do filme é bom lembrar que sou uma admiradora incondicional de Machado de Assis. Não só tenho uma coleção raríssima com as obras completas dele, como não canso de ler os seus livros, choro na exposição temporária em homenagem a ele no Museu da Língua Portuguesa e ainda o considero o melhor escritor do mundo.
Para alguém tão fanático assim, não é tarefa fácil agradar. Geralmente acho que os filmes, apesar de não serem de todo ruim (aqui excluindo A Cartomante, que é péssimo), não conseguem nunca chegar aos pés do que o autor escreveu. E, talvez por isso, nunca me animo muito a conferir os títulos baseados, inspirados ou adaptados em obras machadianas.
Um dos abandonados foi Dom, de 2003 que só me animei a assistir agora. O filme deixa claro que não é uma adaptação da obra, mas sim inspirado na mesma.
O Dom do título é Bento, engenheiro bem resolvido que recebeu este nome graças à paixão de seus pais pelo livro Dom Casmurro.
Ao conhecer o trabalho de seu melhor amigo, Miguel, Bento reencontra sua primeira namorada, Ana, a quem chamava de Capitu. Os dois se apaixonam e vivem uma linda história de amor, até que a relação de Ana com Miguel começa a incomodar o marido.
A história segue todo o caminho do livro, mas de uma maneira atual. Infelizmente, não consegue manter a suspeita que livro levanta e acaba assumindo a defesa de um dos lados da relação amorosa.
O trio central está muito bem articulado e encarna os personagens de maneira competente. As crianças e Malu Galli, ex-namora de Bento, também estão bem, mas Luciana Braga parece meio perdida às vezes em um papel que não tem muita utilidade.
O maior problema do filme está nas primeiras cenas, na apresentação dos personagens. Do nada começa a rolar um clipe do Capital Inicial bem ao estilo das produções de Xuxa e cia. Mas esta derrapada dura menos do que uma música.
Apesar de todos os esforços, ainda fica devendo muito à obra inspiradora e se perde ao tentar encaixar alguns momentos. Mas será que algum dia alguém vai conseguir filmar Dom Casmurro e transmitir tudo que Machado quis dizer? Acho que não.
Problemas à parte, ainda é uma das melhores adaptações machadianas para mim, ficando atrás apenas de Memórias Póstumas, de André Klotzel, com Reginaldo Faria no papel de Brás Cubas.
Sem dúvida, é muito melhor ler o livro, mas vale a pena para momentos à toa. Quem gosta muito de Machado de Assis deve pensar que é uma homenagem ao escritor carioca e não ficar esperando as grandes coisas dele.
Os alunos de segundo grau que estiverem com preguiça de ler o romance e pegarem o filme podem não se dar bem na prova.
Um Grande Momento
Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)
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Cinema
Dom
(Dom, BRA, 2003)Drama
Elenco: Marcos Palmeira, Maria Fernanda Cândido, Bruno Garcia, Luciana Braga, Malu Galli, Isabela Coimbra, Thiago Farias
Roteiro: Machado de Assis (romance), Moacyr Góes, Reinaldo Moraes, Marco Ribas de Farias, David França Mendes
Duração: 91 min.
Minha nota: 5/10
Antes de começar a falar do filme é bom lembrar que sou uma admiradora incondicional de Machado de Assis. Não só tenho uma coleção raríssima com as obras completas dele, como não canso de ler os seus livros, choro na exposição temporária em homenagem a ele no Museu da Língua Portuguesa e ainda o considero o melhor escritor do mundo.
Para alguém tão fanático assim, não é tarefa fácil agradar. Geralmente acho que os filmes, apesar de não serem de todo ruim (aqui excluindo A Cartomante, que é péssimo), não conseguem nunca chegar aos pés do que o autor escreveu. E, talvez por isso, nunca me animo muito a conferir os títulos baseados, inspirados ou adaptados em obras machadianas.
Um dos abandonados foi Dom, de 2003 que só me animei a assistir agora. O filme deixa claro que não é uma adaptação da obra, mas sim inspirado na mesma.
O Dom do título é Bento, engenheiro bem resolvido que recebeu este nome graças à paixão de seus pais pelo livro Dom Casmurro.
Ao conhecer o trabalho de seu melhor amigo, Miguel, Bento reencontra sua primeira namorada, Ana, a quem chamava de Capitu. Os dois se apaixonam e vivem uma linda história de amor, até que a relação de Ana com Miguel começa a incomodar o marido.
A história segue todo o caminho do livro, mas de uma maneira atual. Infelizmente, não consegue manter a suspeita que livro levanta e acaba assumindo a defesa de um dos lados da relação amorosa.
O trio central está muito bem articulado e encarna os personagens de maneira competente. As crianças e Malu Galli, ex-namora de Bento, também estão bem, mas Luciana Braga parece meio perdida às vezes em um papel que não tem muita utilidade.
O maior problema do filme está nas primeiras cenas, na apresentação dos personagens. Do nada começa a rolar um clipe do Capital Inicial bem ao estilo das produções de Xuxa e cia. Mas esta derrapada dura menos do que uma música.
Apesar de todos os esforços, ainda fica devendo muito à obra inspiradora e se perde ao tentar encaixar alguns momentos. Mas será que algum dia alguém vai conseguir filmar Dom Casmurro e transmitir tudo que Machado quis dizer? Acho que não.
Problemas à parte, ainda é uma das melhores adaptações machadianas para mim, ficando atrás apenas de Memórias Póstumas, de André Klotzel, com Reginaldo Faria no papel de Brás Cubas.
Sem dúvida, é muito melhor ler o livro, mas vale a pena para momentos à toa. Quem gosta muito de Machado de Assis deve pensar que é uma homenagem ao escritor carioca e não ficar esperando as grandes coisas dele.
Os alunos de segundo grau que estiverem com preguiça de ler o romance e pegarem o filme podem não se dar bem na prova.
Um Grande Momento
Esclarecendo a dúvida sobre Joaquim.
Prêmios e indicações (as categorias premiadas estão em negrito)
Gramado: Filme, Atriz (Maria Fernanda Cândido)
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