Cinema
Peça "Esse vazio", com direção Sergio Módena, no dia 07 de maio
ESSE VAZIO ESTREIA NO DIA 07 DE MAIO
NO TEATRO GLAUCIO GILL
Inédito no Brasil, texto do autor argentino Juan Pablo Gómez
ganha direção de Sergio Módena
No elenco, Gustavo Falcão, Sávio Moll e Daniel Dias da Silva, que também assina adaptação e idealização do projeto
O vestiário masculino de um pequeno clube de uma cidade do interior é o cenário para o encontro de três amigos de infância: Hugo, Lucas e Max. A razão da reunião é triste: na sala ao lado, Matias, o quarto integrante do grupo, está sendo velado. Inédito no Brasil, o texto Un Hueco (título original), do autor e diretor teatral argentino Juan Pablo Gómez, ganha sua primeira montagem brasileira. Idealizada e adaptada por Daniel Dias da Silva, a peça – levada ao palco pela primeira vez em Buenos Aires, em 2009 – aqui ganhou o nome de Esse Vazio. A estreia está marcada para 7 de maio, no Teatro Glaucio Gill. Com direção de Sergio Módena, a produção traz no elenco Gustavo Falcão, Sávio Moll e o próprio Daniel.
A trama de Esse Vaziose passa toda dentro do vestiário, de onde o trio observa a movimentação em torno do velório, o comportamento das pessoas e os interesses dos familiares. Dos quatro amigos, apenas Hugo (Gustavo Falcão) deixou a cidade natal em busca de novas perspectivas em uma metrópole – e agora está de volta para o enterro. Lucas (Sávio Moll) e Max (Daniel Dias da Silva) permaneceram na cidade, assim como Matias, funcionário do clube que eles frequentavam juntos na juventude. Como não se encontravam há alguns anos, Hugo faz questão de ressaltar como Lucas e Max ficaram parados no tempo, enquanto ele amadureceu desde que foi morar na cidade grande. “São os bastidores de uma amizade. É como se a gente tirasse um véu dessas relações e o público pudesse espiar esse encontro”, conta Gustavo Falcão.
O velório de Matias e o retorno de Hugo coloca os amigos diante da imensidão do vazio e da solidão evocada pela morte. No pequeno vestiário, um local intimista e reservado, eles refletem sobre o sentido e as perspectivas de suas vidas, a felicidade e a dor do amadurecimento e a falta de horizontes. Aos poucos, redefinem seus conceitos de distância e de amor fraterno. “O vazio causado pela perda desse amigo faz com que eles se reúnam e descubram os próprios vazios. São pessoas que eram muito próximas e, a partir do momento em que se reencontram, surgem vários comportamentos antigos. Mas, ao mesmo tempo, você percebe uma distância enorme entre eles”, diz Sergio Módena.
Com Esse Vazio, a Territórios Produções, dos atores Daniel Dias da Silva e Gustavo Falcão, estreita ainda mais o diálogo do público brasileiro com a dramaturgia latino-americana – processo iniciado com a montagem de Matador, do venezuelano Rodolfo Santana, em 2012. “O interessante no texto do Juan Pablo é não existir uma busca por respostas definitivas, como acontece na vida. É um flagrante daquele instante”, ressalta Daniel Dias da Silva.
JUAN PABLO GÓMEZ (autor) – Autor e diretor teatral, formado em Licenciatura em Artes Combinadas na Universidade de Buenos Aires. Trabalhou como assistente de direção ao lado do renomado autor e diretor argentino Rafael Spregelburd, em La Estupidez e La Modestia e em El Pasado es un animal grotesco, de Mariano Pensotti, com os quais participou de festivais na América Latina e nos Estados Unidos.
Sua estreia como diretor foi em 2001 com Marambio e, em seguida, dirigiu Los demás no Existen e Vuelve la Rabia (em colaboração com Walter Jakob), que mereceu o Prêmio Metrovías de Textos Teatrais. Em 2009, estreou Un Hueco, no vestiário do Clube Estrela de Maldonado. Escrito em colaboração com os atores Patrício Aramburu, Nahuel Cano e Alejandro Hener, a peça ficou em cartaz por três anos consecutivos e participou de diversos festivais.
SERGIO MÓDENA (diretor) – Bacharel em Artes Cênicas pela Unicamp. Também é formado pela École Philipe Gaulier em Londres, onde realizou especializações em Shakespeare, Tchecov e Melodrama. Seus trabalhos mais recentes como diretor são: Como me tornei estúpido, adaptação da obra de Martin Page feita por Pedro Kosovski; Janis, de Diogo Liberano, Ricardo III, de William Shakespeare; A arte da comédia, de Eduardo De Filippo, Politicamente incorretos, Forró Miudinho, Bossa Novinha- A Festa do Pijama e Sambinha, musicais de Ana Velloso; A revista do ano – O Olimpo Carioca, de Tânia Brandão, As mimosas da Praça Tiradentes, de Gustavo Gasparani e Eduardo Rieche e o show Paletó de Lamê – os grandes sucessos (dos outros).
Seus últimos trabalhos receberam inúmeras indicações nos principais prêmios do Rio de Janeiro: Ricardo III nos prêmios Cesgranrio, Shell, APTR, FITA e APCA-SP; A Arte da comédianos prêmios Cesgranrio, Shell, FITA e APCA-SP; e os musicais Sambinha e Bossa Novinha nos prêmios Zilka Sallaberry e CBTIJ. Em 2016, ganhou o prêmio CBTIJ de melhor direção por Forró Miudinho.
DANIEL DIAS DA SILVA (ator) – Ator, autor, diretor e tradutor. Formado pelo Curso de Arte Dramática da Universidade Federal do Ceará. Estudou dramaturgia no Instituto Dragão do Mar. Lá, atuou em diversas peças: Jacques e seu amo, de Milan Kundera e Viúva, porém Honesta, de Nelson Rodrigues. Morando no Rio desde 1998, dedicou-se mais intensamente à direção, tendo trabalhado como diretor assistente de Gracindo Junior, Luiz Arthur Nunes e Walter Lima Junior. Durante sete anos (2008-2015) ocupou o cargo de diretor do Teatro João Caetano.
Atuou nos longas Eu Não Conhecia Tururu, de Florinda Bolkan e As Mães de Chico Xavier, de Glauber Filho e Halder Gomes. Dirigiu as peças Cara a Tapa, A Moratória, Depois daquele Baile e Dirigir-se aos Homens, além dos infantis Caqui – Uma Fábula Circense e Êta, seu Bonequeiro, O Duende Rumpelstiltskin e os musicais O Gato de Botas, com Andrea Veiga e O Boi da Cara Preta. Na TV, seus trabalhos mais recentes foram nas telenovelas Alto Astral e Êta, Mundo Bom, ambas de TV Globo, sob direção geral de Jorge Fernando.
No teatro, esteve no elenco de Um Sopro de Vida, dirigido por Roberto Bomtempo, O Santo Parto, com direção de Luiz Arthur Nunes e no infantil Escola de Anjos, dirigido por Gamba Junior. É autor das peças Oropa, França e Bahia (adaptada para o cinema com direção de Glauber Filho), Eu Sou Mais 500, A Terra É Azul e Uma Canção para Eulália. Em 2012, ao lado de Gustavo Falcão, atuou e produziu o espetáculo Matador, do venezuelano Rodolfo Santana, sob direção de Susana Garcia e Herson Capri.
GUSTAVO FALCÃO (ator) – Começou a sua carreira em Recife, sua cidade natal, tendo participado de montagens com Os biombos, de Jean Genet e Esperando Godot, de Samuel Bekcett. Por sua atuação em Para um Amor no Recife, foi agraciado com o Prêmio de Melhor Ator de 1999 da Apacepe (Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco).
Participou da montagem de A Máquina, de João Falcão, e também da versão para o cinema. Recebeu o Prêmio de Ator Revelação no Festival de Cinema de Natal. Entre os seus trabalhos mais recentes estão as peças Ariano, musical dirigido por Gustavo Paso em homenagem a Ariano Suassuna, e Bartleby, o Escriturário, dirigido por João Batista. Atuou e produziu, ao lado de Daniel Dias da Silva, Matador, produção anterior da Territórios Produções. Seu mais recente trabalho no teatro foi no espetáculo Race, de David Mamet, dirigido por Gustavo Paso, pelo qual foi indicado ao Prêmio Shell de Melhor Ator de 2015.
Em 2007, fundou com a mulher, a atriz e acrobata aérea Juliana Féres, o espaço cultural Lunático Café e Cultura. No cinema, está no elenco dos longas Fica Comigo esta Noite, de João Falcão, Árido Movie, de Lírio Ferreira, As Mães de Chico Xavier, de Glauber Filho e Halder Gomes e Praça Saens Peña, de Vinícius Reis, além de ter atuado em 13 curtas-metragens. Na TV, atuou em novelas como Cobras e Lagartos e As Filhas da Mãe, além das séries Mandrake, da HBO e Carandiru – Outras Histórias e Amor Te Amo, ambas da Rede Globo.
SÁVIO MOLL (ator) – Ator formado pela UNIRIO e pela CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), também estudou na Escola Nacional de Circo. No teatro, atuou em Pinteresco, de Harold Pinter sob direção de Ary Coslov, Two Roses for Richard III, da Cia. Bufomecânica em coprodução com a Royal Shakespeare Company e em As Centenárias, de Newton Moreno e direção de Aderbal Freire-Filho.
Participou do espetáculo O Púcaro Búlgaro e O que Diz Molero, ambos com direção de Aderbal Freire-Filho, A incrível confeitaria do Sr. Pellica, autoria e direção de Pedro Bricio, Minha Alma É Imortal, de Jefferson Miranda e A Farsa da Boa Preguiça, de Ariano Suassuna e direção de Elza de Andrade. Mais recentemente, esteve no elenco da elogiada montagem de Santa Joana dos Matadouros, de Bertolt Brecht, com direção de Marina Vianna e Diogo Liberano.
Na TV, apresenta o programa Estação Saúde, do Canal Futura participa atualmente da nova temporada de DPA, no canal Gloob. No cinema, atuou no filme Corda Bamba, dirigido por Eduardo Goldstein. Foi integrante dos projetos Doutores Palhaços (Fundação Theodora – Suíça) e Doutores da Alegria, tendo estudado com mestres da palhaçaria, entre eles Luis Carlos Vasconcelos, Phillipe Gaulier, Florant Pelayo, André Riot Sarcey, Nani e Leris Colombaione e Leo Bassi. Também tem experiência como professor de artes cênicas em comunidades da periferia do Rio e voltado para crianças e jovens de escolas públicas, já tendo atuado em diversos projetos sociais, como Horizontes Culturais e Escolas de Paz.
FICHA TÉCNICA
Direção: Sergio Módena
Texto: Juan Pablo Gómez (em colaboração com Patrício Aramburu, Nahuel Cano e Alejandro Hener)
Tradução: Daniel Dias da Silva
Elenco: Gustavo Falcão, Daniel Dias da Silva e Sávio Moll
Cenário: Claudio Bittencourt
Figurinos: Victor Guedes
Iluminação: Tomás Ribas
Programação visual: Gamba júnior
Design do projeto: Antonia Muniz
Assist. Direção / Fotos de Divulgação / Stand-in: Daniel Moragas da Costa
Mídias Sociais: Rafael Teixeira
Direção de produção: Daniel Dias da Silva e Gustavo Falcão
Realização: Territórios Produções Artísticas
SERVIÇO Espetáculo: Esse Vazio Temporada: De 7 de maio a 13 de junho de 2016. Local: Teatro Glaucio Gill (Praça Cardeal Arcoverde s/n – Copacabana). Informações: (21) 2332-7904 | 2332-7970 Dias e horários: Sábados, domingos e segundas, às 20h. Capacidade: 102 lugares. Duração: 60 minutos. Classificação indicativa: 12 anos. Gênero: Drama. Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia). Horários da bilheteria: De segunda a domingo, das 16h às 20h.
|
Assessoria de imprensa do espetáculo
Bianca Senna (21) 9 5100-6557| 97928-0055
Cineplaneta o seu canal cultural..
loading...
-
Concurso Seleção Brasil Em Cena Divulga Os Vencedores
“SELEÇÃO BRASIL EM CENA”ANUNCIA OS TRÊS GRANDES VENCEDORES Em sua 7ª edição, concurso nacional de dramaturgia recebeu 265 textos inéditos de novos dramaturgos de 13 estados e do Distrito Federal. Os 12 finalistas participaram do...
-
Musical Sete Pecados Capitais
Sete Pecados Capitais Vitor Hugo é autor em busca de inspiração para seu novo texto. Em meio aos questionamentos e angustiado por sua imaginação, ele começa a esboçar a história de uma competição entre os Sete Pecados Capitais. Essa é...
-
Teatro InominÁvel Estreia “concreto Armado”
TEATRO INOMINÁVEL ESTREIA “CONCRETO ARMADO” Após lançamento nacional do Festival de Curitiba, peça de Diogo Liberano e Keli Freitas fará curta temporada no Rio de Janeiro. Uma turma de alunos e uma professora da pós-graduação em Arquitetura...
-
Cine Pe Festival Do Audiovisual Exibiu O Longa Infantil “corda Bamba, História De Uma Menina Equilibrista”
CINE PE FESTIVAL DO AUDIOVISUAL EXIBIU O LONGA INFANTIL “CORDA BAMBA – HISTÓRIA DE UMA MENINA EQUILIBRISTA” Na segunda, dia 30 de abril, o Cine PE Festival do Audiovisual apresentou o longa-metragem inédito de ficção infantil “Corda...
-
Diretor Moacyr Góes Estreia Como Dramaturgo Com A Peça “a Dança De Feliciano”
Image via WikipediaDiretor Moacyr Góes estreia como dramaturgo com a peça “A Dança de Feliciano” hoje à noite, na boate Fosfobox, Depois de quase três décadas dedicadas à direção teatral, Moacyr Góes faz sua estreia como dramaturgo...
Cinema