Resenha de Filme: Gênio Indomável
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Resenha de Filme: Gênio Indomável



Gênio Indomável é uma produção, dirigida por Gus Van Sant (Terra Prometida), que causou muito alvoroço em 1997, sendo indicada, no ano seguinte, a sete prêmios do Oscar e tendo conquistado diversas honrarias na temporada de premiações. Em 1998, a película saiu vencedora de duas estatuetas: Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Roteiro Original. O primeiro dos prêmios não impressiona, pois já se comentava o merecimento de Robin Williams em ser condecorado pela academia. A conquista do melhor roteiro original do ano, por sua vez, espantou bastante os cinéfilos do mundo afora, não por ser uma vitória injusta, mas pelo fato dos responsáveis, por ele, serem dois jovens, até então, desconhecidos: Matt Damon (Os Agentes do Destino) e Ben Affleck (Argo).

Na trama acompanhamos Will Hunting, um jovem problemático, que consegue responder uma questão matemática de nível avançado e termina caindo nas graças de um brilhante professor, que descobre, com o tempo, que o garoto se tratava do zelador da escola em que trabalha. Diversos problemas com brigas levaram o rapaz a correr o risco de ser preso, mas Lambeau, o referido professor, se responsabiliza por ele na frente do juiz, evitando sua prisão, mas, como parte do acordo, ele iria fazer terapia regularmente. O psicólogo escolhido para a missão se trata de um amigo de infância de Labeau, que demonstra ser uma pessoa sofrida com seu passado.

O roteiro da obra realmente impressiona pelo fato de conseguir atrair o espectador e de fazê-lo se sentir conectado com a história de vida dos personagens. As mudanças ocorrem gradualmente e muito bem construídas, garantindo que todo o processo de mudança comportamental dos envolvidos seja percebido de maneira muito suave e fora das armadilhas, que poderiam ser consideradas clichê. Esse, por sinal, é o grande ponto forte do filme, que é capaz de demonstrar a evolução de um personagem de forma tão inteligente, que só depois dela de fato ser concretizada, que se consegue refletir suas ações durante a exibição da película. 

Além do grandioso roteiro, as atuações também enriquecem bastante a trama. O maior destaque é, sem dúvidas, para Robin Williams, que apresenta as nuances de uma pessoa que sabe que tomou decisões que lhe levaram a uma espécie de fracasso, mas que não faria nada diferente, por cada momento de felicidade ter valido a pena. Williams consegue ser comunicativo e introspectivo ao mesmo tempo. Atuação digna e merecedora do Oscar que recebeu. Minnie Driver, indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante, também convence em seu papel, principalmente pelo fato de sua personagem, até então não muito importante, ter ganhado destaque conforme a projeção foi passando e ter se tornado fundamental para a conclusão da obra. Com esses dois coadjuvantes de peso, Matt Damon teve a ótima oportunidade de demonstrar seu talento e o fez através de uma atuação discreta, comovente e sutil. O ator aproveita cada cena e trabalha de forma simplória, mas ao mesmo tempo intensa e delicada. Ben Aflleck, por sua vez, já demonstrava aqui que seria um ótimo profissional por trás das câmeras, capaz de ganhar um Oscar de melhor filme por Argo, mas fraco na arte de atuar. 

Não estamos diante da obra perfeita, principalmente por existir momentos que buscam apelo sexual para arrancar alguns risos do público, mas é fato consumado que esses deslizes não tiram a genialidade da película. 


Trailer do Filme:


Ficha Técnica:
Título Original: Good Will Hunting
Diretor: Gus Van Sant
Elenco: Matt Damon, Robin Williams, Ben Affleck, Minnie Driver, Stellan Skarsgård, Casey Affleck, Cole Hauser.
Produção: Lawrence Bender
Roteiro: Ben Affleck, Matt Damon
Fotografia: Jean-Yves Escoffier
Trilha Sonora: Danny Elfman
Duração: 126 min.
Ano: 1997
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Não definida
Classificação: 14 anos



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