Tempo Perdido
Bom a história é sobre um rapaz, o Joseph Gordon-Levitt, que eu sempre acho muito parecido com o Heath Ledger, só que numa versão teen-feioso, que se interessa por uma moça do seu trabalho, que aparentemente é pouco sociável com os demais colegas. Mas ela, a Zooey Deschanel, dá bola pra ele e eles ensaiam um relacionamento. Só que ele se interessa muito mais por ela, do que ela por ele. E ele sofre com isso.
Aí o filme mostra os 500 dias desde que ele a conheceu e passa por todos aqueles estágios chatos da desilusão, que quem já passou, e tiver algum pingo de amor próprio, provavelmente não consegue ver graça nenhuma num filme desses. Ainda mais quando a ilusão é com a chata da Zooey. Ela é má atriz, esquisita, abiscoitada, com toda aquela simpatia babaca de ser. Uma “loser” total. É quase uma Karina Bacchi de cabelos escuros. Tenta ser Kirsten Dunst ou Claire Danes, mas não tem competência pra tal.
O único papel dela que eu gostei foi em Quase Famosos. Não porque ela esteja bem, pois não está, mas porque tudo ao redor dela funciona, e o roteiro é magnífico. Dizem que ela tá bem no seriado Weeds, mas eu não vi os episódios que ela aparece. Os filmes em que a vi (Fim dos Tempos, Sim, Senhor, etc.) são todos ruins. E ela não fica atrás. E fui só eu, ou eles dois não combinam? Ele parece muito meninote pra ela. Mas isso até faz sentido com a história do filme...
E a gente percebe que o filme foi feito por um diretor de videoclipes quando o melhor momento, de longe, é uma cena dançante ao som de “You Make My Dreams” do Hall & Oates (Oh! I Love the 80’s!). Pelo menos a trilha sonora é ótima, apesar de meio incoerente, alhos com bugalhos. O filme foi bem recebido pelos críticos e recebeu várias indicações a prêmios que separam categorias para comédias. É, ele tem o mérito de não ser clichê em nenhum momento, apesar de o fim ter me lembrado um pouco O Casamento do Meu Melhor Amigo. Mas ainda acho que poderia ser melhor sim...