Seção CINEMA // Crítica Clube da Luta
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Seção CINEMA // Crítica Clube da Luta


Um Tapinha Não Dói...

Clube da Luta // Fight Club

Nota: 5,0

Eu vi esse filme quando ele foi lançado e não gostei. Mas o filme é do David Fincher, ele fez O Curioso Caso de Benjamin Button, que foi um dos últimos “grandes filmes” que eu vi. Tem o Edward Norton, a Helena Bonham Carter, o Jared Leto (num papel abjeto), etc. Então resolvi dar uma chance ao amor e revi. Minha opinião: Bom nos primeiros 20 minutos. O filme perde a graça quando o Brad Pitt aparece. Nada contra o Brad, muito pelo contrário, eu gosto dele, acho bom ator, mas o personagem dele dá outro rumo à história, muda o foco totalmente de direção. Em outras palavras, ela fica enfadonha. A história do Edward, entrelaçada com a da Helena, era bem melhor e poderia se desenvolver para coisas bem interessantes. Mas não, tudo muda de rumo para um clube da luta. Eu acho tudo isso tão primitivo, tão acéfalo. Pra não dizer imbecil mesmo... No mesmo balaio de tourada, briga de galo ou pitbull. Detesto essas formas de violência, até as ditas “civilizadas”, como boxe, vale tudo, full contact, street fighter, mortal kombat, dragon ball e afins.

Bom, na história o Edward tem problemas com o sono. A alternativa dele para conseguir dormir é visitar grupos de pessoas com problemas e doenças. Fingindo ser um deles, ele compartilhava a dor, chorava e conseguia dormir ao ir pra casa. Mas aí surge a Helena (a bruxa-mór de Hollywood na atualidade), que também visita vários desses grupos e acaba com o barato dele, porque ele não consegue mais mentir para si mesmo. Interessante a história, não? Pois é... Mas muda tudo.

Enfim, o Edward conhece o Tyler (Brad Pitt) numa viagem e acaba ficando com um cartão dele. Ao chegar em casa, ele percebe que o seu ap explodiu. Sem ter pra onde ir, ele liga para duas pessoas: A Helena e o Tyler. Ficar com a Helena seria dar continuidade a história anterior e descobrir o que eles tinham em comum e o que a levava a visitar aqueles grupos. Interessante, não? Mas ele apela para o Tyler e juntos fundam esse clube, que é um verdadeiro hino ao discernimento, à dialética, à divagação e ao raciocínio.

Bom, a premissa do tal clube é ir contra o consumismo e o padrão de vida que nos é imposto, em que vivemos para consumir e gastar com coisas que não precisamos e sempre sonhando em ser pessoas que nunca seremos. Tudo muito lindo, mas onde é que sair por aí se estapeando se encaixa no meio disso é que eu não faço a mínima idéia. Além do discurso soar hipócrita vindo de quem vem, tipo a cena no ônibus em que o Brad critica uma propaganda da Gucci e o padrão de beleza pregado por ela. Como se ele não vivesse disso. Ele não é loiro de olhos azuis, nem alto, nem magro, nem atlético, completamente fora dos padrões e jamais poderia estar naquela propaganda... Além de outras como as críticas a milionários e estrelas de cinema. Nada em que ele se encaixe no perfil...

Ele (o Tyler) tem sempre milhares de informações muito úteis. Quase sempre de como se fazer explosivos. Ou sabonetes. Eu, como exímio aluno de química que fui, jamais teria esse conhecimento. Ainda bem que as idéias são bem acessíveis, por exemplo, ter que roubar gordura humana de uma clínica de lipoaspiração para se fazer sabonetes. Uma das várias cenas super agradáveis do filme... Pelo menos ele ensina algo realmente útil, como se neutralizar uma queimadura química (com vinagre, não com água) na pior cena do filme pra mim.

E falando em idéias, esse filme de fato dá idéias, e fora a da gordura, outras estão no alcance de nossas mãos. O discurso do Edward sobre um cara entrar com uma arma num escritório e atirar em todo mundo foi exatamente o que o estudante de medicina fez em São Paulo numa sala de cinema há, mais ou menos, 10 anos atrás. E na sessão de qual filme? Dou um ingresso pra ver uma rinha de galo pra quem acertar.

O Tyler (papel do Brad) ainda foi eleito pela Empire como a personagem mais importante da história do cinema. Hã? Nem precisa perguntar qual o público que vota nisso, porque é bem óbvio. Devem ter um pôster do Rambo no quarto. E sejamos sinceros, só pra dar um exemplo, Harry Potter, que eu também não tenho grandes afinidades, é uma personagem muito mais conhecido e influente. Prefiro nem citar outros deveras importantes.


UPDATE: Eu não fui bom aluno de química, mas uma coisa eu posso esclarecer. Não é toda queimadura química em que se deve usar vinagre. O vinagre é um ácido, então ele neutraliza quimaduras causadas por bases. O caso reverso, quando a gente tem azia, que é a acidez excessiva do estômago, a gente toma uma base como o sal de frutas (que na verdade é um sal ácido de caráter básico) pra neutralizar a acidez e passar a queimação. Deu pra entender ou só eu me perdi na explicação?



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