Crítica: The Angelic Conversation
Cinema

Crítica: The Angelic Conversation



Por Fabricio Duque

?The Angelic Conversation?, ou ?A Conversa Angelical? (em uma tradução literal), corrobora a estrutura cinematográfica do diretor britânico Derek Jarman, experimentando técnicas narrativas da imagem, que se apresenta digitalmente por frames pausados quadro a quadro (como se desse ?pause? no filme e apertasse o ?play? estendido à nova cena). É inevitável não relembrar a viagem ?lisérgica? do diretor Gaspar Noé em ?Enter the Void?, já que todo filme é exposto por luzes estroboscópicas. Aqui, são dois homens (borrados ? como documentos animados de um arquivo perdido e com imagens justapostas) tipicamente bonitos (como modelos Calvin Klein) descobrindo a ?consciência do amor?, tendo quatorze sonetos de Shakespeare narrados pela atriz Judi Dench e por música existencialista ?How to Drestroy Angels? (quase de um suspense personificado da natureza e das ?sombras? da Igreja ? como ?O Nome da Rosa?) de Coil. São anjos do novo tempo, trabalhando (como a cruz de Cristo), insinuados por respirações que lembram orgasmos. O poema de tom realista traz luz, traz pensamento, desejo, saudade e de questionamento ?de que a sua substância é feita??.  É a odisseia do amor. Da escuridão à luz, do prazer relaxado de se banhar no mar ? com a concha sempre, do amar demais (exposição ao sol). De se tornar ?Rei? pelo apaixonado ?súdito?, de ser ferido pelo ?ex-amador?, de projetar o querer imaginário a uma existência não fantasiosa, ora por sonho, ora por loucura, ora deturpando a própria realidade. Não há sexo, mas insinuações carinhosas de um amor quase platônico. O filme de 1985 traz "um mundo de sonhos, um mundo de magia e ritual, que lembra que ainda há um preço a ser pago para ganhar este sonho em um mundo de violência ". Ser seu escravo, o que devo fazer, mas tendem. Após as horas e os momentos de seu desejo??, amor como submissão, obsessão e prisão objetivada. Não perca!



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