Teatro Colombo
Havia no Brás outros teatros como:
- o Brás Politeama, situado na Rua Celso Garcia nº. 55, considerado o maior teatro de São Paulo;
- o Mafalda na Rua Rangel Pestana nº. 150;
- o Theatro Olímpia, na Rua Rangel Pestana nº. 120;
- o Theatro Oberdan, o mais moderno e elegante teatro do Brás, que ficava na Rua Xavantes nº. 7 (Largo da Concórdia). Neste cine-teatro, na vesperal do dia 11 de agosto de 1938, durante a projeção do filme ?O Criminoso do Ar?, diante da cena de um avião em chamas, alguém gritou: ?Fogo!?, o que deu origem a um pânico geral, que provocou 37 mortes e dezenas de feridos, na maioria crianças.
Cine Oberdan
Estas salas de espetáculo do Brás não eram somente teatros, mas cine-teatros, intercalando-se períodos de temporadas teatrais com outros em que somente havia projeção de filmes, ou ainda temporadas mistas. Quando as sessões eram mistas, inicialmente havia a projeção dos filmes e depois o espetáculo teatral, seguido muitas vezes, aos sábados, de um baile que começava às 23 horas.
Estes cine-teatros aos poucos vão se transformando em cinema apenas, aos quais vão se acrescentar os cines Íris, Glória e o Piratininga (o maior cinema do Brasil).
Na década de 40 surgiram os cines Babilônia, Roxy e o Universo. Este último tinha um teto que se abria antes de começar a sessão, fazendo ver o céu.
O Colombo foi o único que permaneceu como teatro, mas no fim de seus dias era uma sala de espetáculos tipicamente de bairro, apresentando uma programação sem grande importância. O prédio, que já estava em mau estado, foi destruído por um incêndio em 1966.
Hoje em dia os cinemas e teatros de bairro desapareceram, e o Brás, como todo o resto da cidade, passa suas noites assistindo à televisão.
Fonte: Livro "Brás, Pinheiros, Jardins: três bairros, três mundos", de Ebe Reale Editora da USP - 1982
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