Crítica: 007 Contra o Satânico Dr. No (007 - Dr. No)
Cinema

Crítica: 007 Contra o Satânico Dr. No (007 - Dr. No)



Daniel Craig, atual interprete do agente secreto mais famoso do cinema, deu algumas entrevistas dizendo que 007 - Operação Skyfall, a 23ª produção da franquia, será o melhor filme sobre James Bond. Resolvi entrar numa brincadeira e assistir todas as películas para ver se de fato o que ele promete irá acontecer. Essa viagem começa em 1962 com o filme chamado 007 Contra o Satânico Dr. No, em mais uma daquelas traduções criativas brasileiras. O filme é baseado no personagem criado por Ian Fleming e fora realizado quatro anos depois da publicação do livro homônimo que serviu de inspiração para o começo de tudo.

Na trama somos apresentados a James Bond, um agente britânico que é enviado à Jamaica com o intuito de investigar o desaparecimento do contato local, John Strangways,  e de sua secretária, recém contratada. Para realizar a investigação ele terá o apoio de Feliz Leiter, um agente da CIA, que já acompanhava o caso. Ao chegar na região, Bond logo começar a desconfiar da ilha Crab Key cujo o proprietário é o Dr. No, um cientista chinês muito inteligente e agente da SPECTRE, que possui um plano de destruir um programa espacial dos Estados Unidos e dominar o mundo.

Fazer uma sinopse interessante da produção foi realmente muito trabalhoso, pois de fato o roteiro é muito simplório e o ponto mais fraco de toda a produção. É tudo tão simples que em menos 10 minutos já sabemos exatamente aonde a investigação vai parar e isso corta praticamente todo o barato, da excelente execução do primeiro ato do filme, que se foca na investigação do caso. Outro ponto que mostra a fragilidade do roteiro é fato de que personagens importantes como Honey Ryder e o próprio Dr. No só aparecerem no segundo ato e possuírem muito pouco tempo para uma apresentação, desenvolvimento e aprofundamento.

Apesar da trama fraca, a direção de Terence Young sabe aproveitar o máximo da história e do elenco que possui em mãos. O trabalho do diretor é tão excelente que criou cenas marcantes, que são um marco da franquia até os dias de hoje. A primeira aparição do herói possui um desenvolvimento perfeito. Somos apresentados a um jogo de cartas e passeamos pelos jogadores como se estivéssemos assistindo a jogada através dos olhos do personagem.  Nesse pouco espaço de tempo já percebemos o quanto Bond é seguro de si, o quanto ele é inteligente e o quanto é charmoso ao ponto de encantar as mulheres facilmente. Sua primeira frase é simplesmente aquela mais famosa e marcante de todos os filmes: ?Meu nome é Bond. James Bond?. Outra cena memorável é a entrada da Bondgirl Ursula Andress. Os mais jovens vão achar a cena muito inferior a de Halle Berry em 007 - Um Novo Dia Para Morrer, mas para a época aquele simples momento deve ter causado um alvoroço, tanto que em matemática básica pode-se perceber que a cena se trata de uma homenagem.

No resumo da obra, Dr. No se torna um belo começo para uma das franquias de maior sucesso na história do cinema. O orçamento era baixo e alguns elementos marcantes do personagem ainda não haviam sido desenvolvidos, como por exemplo os gadgets que são marcantes, a presença de sequências de ação mentirosas e um roteiro mais bem elaborado com reviravoltas interessantes, provenientes do gênero de espionagem. De fato é possível se apreciar momentos memoráveis e conhecer os pontos especiais do personagem, bem como conhecer o trabalho do ator que é considerado até hoje o melhor interprete do agente. Para o pessoal da nova geração fica apenas a lembrança de que se trata de uma produção de 1962, então assistam com a mente aberta e se toquem que não encontrarão os efeitos que estão acostumados a assistir.

Que Ver mais críticas de 007?
Vá para a Página do Especial


Trailer do Filme:








loading...

- Resenha De Filme: 007 Cassino Royale (007 Casino Royale)
Em 1995 o diretor Martin Campbell tinha a obrigação de ressuscitar o personagem Bond, que estava ameaçado de não mais aparecer nas grandes sessões de cinema. Ele não desapontou nos brindando com "007 Contra Goldeneye", que era de fato um retrocesso...

- Crítica: 007 O Amanhã Nunca Morre (007 Tomorrow Never Dies)
Pierce Brosman teve um começo arrasador como 007 e se mostrou um grande interprete do personagem, mas, Infelizmente, seu debute foi o seu único filme realmente interessante na franquia. O segundo longa sob seu comando ainda é uma boa diversão,...

- Crítica: 007 Marcado Para A Morte (007 The Living Day Lights)
Chegamos agora a uma nova, e polêmica, fase do agente 007 nos cinemas. Roger Moore, que por muitos anos deu vida ao personagem finalmente havia se afastado dos filmes e estava na hora de Timothy Dalton assumir a missão de interpretar Bond. Quando...

- Crítica: 007 Contra O Homem Da Pistola De Ouro (007 - The Man With The Golden Gun)
007 Contra o Homem da Pistola de Ouro é o último livro de Bond publicado por Ian Fleming, que faleceu em 1965. Os produtores pela franquia já queriam ter feito essa adaptação anteriormente  mas diversos fatores fizeram com que...

- Crítica: 007 Contra Goldfinger (goldfinger)
Dando continuidade ao especial sobre James Bond chegamos ao terceiro filme da série, intitulado de ?James Bond Contra Goldfinger?, que apresenta um grande avanço em efeitos especiais e é o primeiro cuja a direção não é de Terrence Young, substituído...



Cinema








.