Crítica: Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right)
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Crítica: Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right)



Assisti este filme por indicação de Cristiano Contreiras, que escreve no Blog Apimentário e quando ler este texto ele irá perceber o quão grato sou por sua insistência, pois na essência de mensagens familiares em um universo sexualmente exótico, este é sem sombra de dúvidas um dos melhores filmes do ano e com certeza estará na próxima edição do Oscar.

Outro ponto positivo é a inovação que o filme propõe. Na trama entramos em contato com uma familia um pouco fora do convencional. Duas mulheres lésbicas são casadas e no passado fizeram, cada uma, inseminação artificial de um mesmo doador. Com isto elas constituíram uma familia formada por duas mães e dois adolescentes, Joni e Laser. A questão é que estes jovens estão passando por um momento de auto descoberta e juntos decidem tentar entrar em contato com aquele que de certa forma era o que eles poderiam um dia vir a chamar de pai. Com isso surge então o embate dramático que o roteiro propõe e coloca a introdução de um pai na vida de uma adolescente de 18 anos e um menino de 15 anos. Por outro lado surge um homem na vida de um casal lésbico.

O tema é muito interessante e o roteiro faz questão de aprofundar os princípios e dramas de cada um dos personagens. O casal formado por Jules e Nic apesar de aparentar ser perfeito, começa a mostrar problemas, o jovem Laser começa a entender que as vezes ouvir conselhos de pessoas mais experientes pode ser fundamental e assim vai, com cada um tentando desvendar seus mistérios e enfrentar seus anseios.

Outro ponto forte são as atuações que estão simplesmente de deixar uma pessoa de boca aberta. Juliane Moore e Ana Bening demonstram um química de deixar inveja em muita gente. Suas personagens são cativantes, cada uma ao seu jeito, e suas atitudes são enraizadas com feições que condizem ao ponto de afetarem ao público que lhes assisti. Uma curiosidade é que a produtora do filme irá escrever estas duas como um dupla na hora de concorrerem ao Oscar de melhor atuação. E sinceramente? Ainda não assisti, entre aqueles filmes que estão sendo rotulados, uma atuação mais convincente. Mark Ruffalo não fica muito atrás e consegue desenvolver um personagem um pouco diferente, uma espécie de pessoa que vive em paz e tranqüila com as coisas que lhe rodeia, algo que ele mesmo diz ser intitulado de estranho.

Assistir este filme pode ser um pouco complicado para mentes que ainda não entenderam que o mundo moderno estará diante de seus olhos. Alguns anos atrás era praticamente impossível ver algo parecido na vida real, mas agora isso está cada vez mais natural. Outra coisa, apesar de tudo isso, a forma como o casal gay é apresentado ao público é de uma forma que nem mesmo é possível estranhar a filosofia de vida deles. Lisa Cholodenko está de parabéns por ter feito um trabalho tão seguro, denso e espetacular. Há apenas uma coisa que não concordo em tudo que foi demonstrado no filme, por mais que aceite e por mais que saiba que o final proposto é totalmente viável, confesso que neste aspecto torci para que as coisas fossem diferentes, nada que prejudique esta película esplêndida. Em Poucas palavras? Me surpreendeu.

Nota: 9,5

Trailer do Filme:



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Ficha Técnica Direção: Lisa Cholodenko Roteiro: Lisa Cholodenko, Stuart Blumberg Elenco: Annette Bening, Julianne Moore, Mark Ruffalo, Mia Wasikowska Fotografia: Igor Jadue-Lillo Montagem: Jeffrey M. Werner Música: Craig Wedren, Nathan Larson País:...



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