Crítica: Our Sunhi
Cinema

Crítica: Our Sunhi


Por Fabricio Duque
Festival do Rio 2013

?Our Sunhi? representa uma das metáforas mais explícitas da história do cinema. A obra de arte do diretor Hong Sang-Soo (de ?A Visitante Francesa?, ?Ha Ha Ha?) utiliza-se da arte fílmica como material bruto a ser lapidado pelos olhos e percepções dos espectadores. ?Não se pode fazer filmes sem trabalhar com os outros?, diz-se sobre o universo dos cineastas e tenta ?descobrir seus limites?. É quase uma autoajuda, sem o clichê e ou o lado negativo. ?Ser professor é um grande talvez?, complementa-se. A narrativa, de planos estáticos e longos, ?analisa? individualismos, carências repetitivas, passionalidades, impaciências alheias, verdades em bebedeiras e ?idiotas irritantes?. Busca-se captar a sinceridade nos sentimentos expressados e mulheres mais realistas (?não tente contê-la?), com câmeras ?nouvelle vague?, zoom ?ideológico? e com a inocência do Café Gondry.  Trabalha-se a estrutura cinematográfica, fiel às emoções, triângulos amorosos, acompanhamento do olhar (zoom indo, zoom voltando), a mesma trilha sonora, as mesmas definições em momentos (e tempos) diferentes. Quebra-se o romantismo clichê (típico) com a naturalidade da ação, que é a busca do amor puro de alguém. A fotografia aborda afinidade em quadros animados e então, o cinéfilo inveterado se dá conta que o que vê é o próprio cinema personificado por elementos interpretativos, direção de arte e a incrível arte de se conjugar tudo.

Sunhi se formou em cinema e pretende seguir com os seus estudos nos Estados Unidos. Para isso, ela vai ao encontro de Choi, um ex-professor que lhe prometeu uma carta de recomendação para esta nova etapa. Durante o dia, Sunhi encontra casualmente com dois homens de seu passado: Munsu, seu ex-namorado, e Jaehak, um diretor de cinema graduado pela mesmo universidade que ela. A jovem tenta interpretar esses encontros como sinais, mas os três homens a tratam como uma completa estranha. Do mesmo diretor de Hahaha e A visitante francesa. Melhor direção no Festival de Locarno 2013. 



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