Crítica: Smrt U Sarajevu - Mort À Saravejo
Cinema

Crítica: Smrt U Sarajevu - Mort À Saravejo


Por Fabricio Duque
Direto do Festival de Berlim
19 de fevereiro de 2016

?Smrt U Sarajevu - Mort À Saravejo? apresenta-se como crônica-radiografia da Bósnia em questionamento da ideologia versus a razão político-comportamental-radical. O filme, que integra a seleção oficial do Festival de Berlim 2016, é dirigido pelo iugoslavo Danis Tanovi? (de ?Um Episódio na Vida de Um Catador de Lixo?, ?O Inferno?, ?Terra de Ninguém?). É uma crítica ao futuro pela metáfora de todo o filme acontecer em um hotel de luxo de nome Europa (metáfora latente), o melhor da cidade. Cenário interno, passageiro, organizacional, de educação social, que serve para gravações de programas televisivos de entrevistas históricas-questionadoras-polêmicas (cujo objetivo é o debate-embate (contestação-provocação) argumentativo de ideias, referências à literatura, sobre crenças, fascismo, genocídio, fatos comprovados, Franz Ferdinand (o político e não o grupo de indie rock), terrorismos, preconceitos intransigentes, estatísticas, princípios morais-éticos sobre a guerra, situação do governo, ocupação (?não uma visita?), definições literais e adjetivas, monumentos, algozes, "mártires" e ?heróis" de Saravejo por professores, historiadores e figuras ?conturbadas?). A história conta-se tendo como conector o diretor deste hotel, que com diplomacia, regras apolíticas (?sem Carl Marx? para não sofrer violentas revoltas), organização dos bastidores, e orgulho do local que trabalha ("vendendo" com felicidade os hóspedes ilustres e famosos que já ficaram lá - Bill Clinton, Angelina Jolie), tendo como sua ?fiel escudeira? a gerente prática-racional ?pulso firme?, sem sensibilidades aguçadas e com alto teor de objetividade. Nos personagens (que preparam um protesto por não serem pagos a meses), a câmera é subjetiva, e os acompanha em planos longos-sequência que lembra ?O Filho de Saul? de um teatro realista-naturalista-espontâneo de micro-ações intrínsecas (deixando o espectador participar da observação in loco sem se "pronunciar") e ?espiões"que ?protegem? presidentes que treinam discursos. ?Morte em Sarajevo? é um retrato verborrágico de lados políticos antagônicos por corajosos e ?peitados" enfrentamentos. ?Por que você não admite erros??, alfineta-se, principalmente a Gavrino Princip, um ?romântico, idealista, um garoto?. ?Um assassino, criminoso ou um héroi nacional??. A metáfora, de uma morte por despreparo e calmo, representa a morte em todo lugar, países, culturas, e em Saravejo em 1914. ?não acredito em humanidade, e sim em instinto?, diz uma jornalista que se comporta como jornalista em tempo real, preferindo perder um momento que a matéria-furo. Nesta ?parábola? sobre sonhos e pesadelos políticos, a mensagem final é que uma ação ?acaso" ajuda outra no melhor ?efeito borboleta?, tendo o ator Jacques Weber como o ator francês Jacques Weber. Recomendado.



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