Cinema
Esta não é a primeira vez, e nem será a última, que uma peça teatral será fonte de inspiração para uma produção cinematográfica. Alguns trabalhos fizeram sucesso, mas a grande maioria das produções fracassaram, Trair e Coçar é Só Começar é a prova viva disso. Eu, particularmente, prefiro assistir este tipo de produção no teatro, mas há então em Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, uma fórmula que ainda não tinha presenciado. Os produtores se deram ao trabalho de mesclar filmagens feitas especialmente para o filme com gravações das apresentações no teatro.
O filme, que como já disse, surgiu da famosa peça de Domingos de Oliveira e Alberto Goldin, e se passa através de cincos pequenas histórias que foram baseadas em cartas que pessoas, que realmente viveram aqueles problemas, escreveram. Uma história é sobre impotência, outra sobre traição, outra sobre amor virtual e as últimas duas são sobre a vida de um farmacêutico e o descobrimento do homossexualismo.
O pensamento de não fazer com que a peça perdesse suas origens é genial e ponto muito positivo para deixar ao espectador a sensação de estar vivendo ao mesmo tempo em uma aconchegante sala de teatro ou numa sala de cinema. O roteiro, apesar de bobo em alguns aspectos, de maneira escrachada consegue causar risadas e assim atinge a expectativa de quem pagou o ingresso. O que não pode é se iludir e saber que está indo assistir uma produção com baixo custo, com baixa tecnologia e que se parece exatamente com uma peça de teatro daquelas que atores famosos da Globo fazem nas horas extras e falam palavrões adoidados.
O elenco é muito bom, mas fica totalmente ofuscado diante da grande presença de Pedro Cardoso, que mantendo aquele mesmo jeito de seu personagem mais marcante, Agostinho Carrara, ele consegue dar o ritmo necessário para que o cômico faça parte da produção. A história que ele não participa é de longe a mais sem graça de todas e para mim poderia ter sido evitada. A trilha sonora não foi muito trabalhada e sinceramente, nem sei o que dizer sobre ela, pois passou praticamente despercebida.
Todo Mundo Tem Problemas Sexuais é um filme que tem sérios problemas e que parece não ter sido finalizado ou muito menos que teve uma produção decente. A câmera que filmaram a produção parecia ter sido caseira e o áudio por si não é dos mais agradáveis. Esquecendo esses fatores técnicos e estando disposto a encarar, garanto que serão 80 minutos que no final das contas valerão a pena, mas deixo claro que somente se tiver disposto a viajar nas histórias e nos fatos hilários que elas propõem. A nota pouco importa, pois como analisamos um filme como um todo, ela será baixa, o que não dizer que não tenha adorado a produção.
Nota: 6,0
Trailer do Filme:
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Cinema
Crítica: Todo Mundo Tem Problemas Sexuais
Esta não é a primeira vez, e nem será a última, que uma peça teatral será fonte de inspiração para uma produção cinematográfica. Alguns trabalhos fizeram sucesso, mas a grande maioria das produções fracassaram, Trair e Coçar é Só Começar é a prova viva disso. Eu, particularmente, prefiro assistir este tipo de produção no teatro, mas há então em Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, uma fórmula que ainda não tinha presenciado. Os produtores se deram ao trabalho de mesclar filmagens feitas especialmente para o filme com gravações das apresentações no teatro.
O filme, que como já disse, surgiu da famosa peça de Domingos de Oliveira e Alberto Goldin, e se passa através de cincos pequenas histórias que foram baseadas em cartas que pessoas, que realmente viveram aqueles problemas, escreveram. Uma história é sobre impotência, outra sobre traição, outra sobre amor virtual e as últimas duas são sobre a vida de um farmacêutico e o descobrimento do homossexualismo.
O pensamento de não fazer com que a peça perdesse suas origens é genial e ponto muito positivo para deixar ao espectador a sensação de estar vivendo ao mesmo tempo em uma aconchegante sala de teatro ou numa sala de cinema. O roteiro, apesar de bobo em alguns aspectos, de maneira escrachada consegue causar risadas e assim atinge a expectativa de quem pagou o ingresso. O que não pode é se iludir e saber que está indo assistir uma produção com baixo custo, com baixa tecnologia e que se parece exatamente com uma peça de teatro daquelas que atores famosos da Globo fazem nas horas extras e falam palavrões adoidados.
O elenco é muito bom, mas fica totalmente ofuscado diante da grande presença de Pedro Cardoso, que mantendo aquele mesmo jeito de seu personagem mais marcante, Agostinho Carrara, ele consegue dar o ritmo necessário para que o cômico faça parte da produção. A história que ele não participa é de longe a mais sem graça de todas e para mim poderia ter sido evitada. A trilha sonora não foi muito trabalhada e sinceramente, nem sei o que dizer sobre ela, pois passou praticamente despercebida.
Todo Mundo Tem Problemas Sexuais é um filme que tem sérios problemas e que parece não ter sido finalizado ou muito menos que teve uma produção decente. A câmera que filmaram a produção parecia ter sido caseira e o áudio por si não é dos mais agradáveis. Esquecendo esses fatores técnicos e estando disposto a encarar, garanto que serão 80 minutos que no final das contas valerão a pena, mas deixo claro que somente se tiver disposto a viajar nas histórias e nos fatos hilários que elas propõem. A nota pouco importa, pois como analisamos um filme como um todo, ela será baixa, o que não dizer que não tenha adorado a produção.
Nota: 6,0
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