Cinema
Por falar em circo
Nunca fui fã de Michael Jackson e é-me indiferente que esteja activo ou reformado, vivo ou morto. Considero este filme uma disparatada manobra de marketing feita para substituir um concerto que estava condenado à partida. Aliás, a morte e todo o espectáculo que a envolveu pode ter sido uma encenação. Uma campanha de mau gosto para aumentar a divulgação do filme. Já me explico.
A venda antecipada de bilhetes por alguns dias acho que faz sentido. Cada espaço de espectáculos é livre de calcular com antecedência qual a sala de precisa de forma a maximizar o lucro. Agora limitar a exibição a duas semanas de forma a concentrar artificialmente espectadores é exibicionismo. Não se pode gerir cinema como concertos musicais. A vantagem do cinema é ser simultâneo e eterno. A intenção é fazer com que tenha uma taxa de ocupação mais elevada? É usar o impulso urgente de ver MJ pela última vez para que quem normalmente adia (por vezes até que saia de exibição) não possa perder? É vender ainda mais DVDs?
Ou a ideia será lotar as salas com os fãs mais fanáticos, aqueles incapazes de dizer mal do filme, especialmente depois de falecido o seu herói? Assim talvez seja o melhor filme de sempre. Era o título que lhe faltava.
Voltando à teoria da conspiração o verdadeiro MJ andava sempre disfarçado por estar supostamente desfigurado. Podia estar com outro aspecto há anos que ninguém saberia. Ou pode manter o mesmo aspecto que ninguém o identificaria entre tantos sósias existentes. Há vídeos que mostram um sósia a entrar clandestinamente na morgue onde está o verdadeiro. Ou seria o contrário? Sendo obcecado como era pelo aspecto até podia ter feito uma troca de corpo. A existir a técnica seria sem dúvida o primeiro voluntário com dinheiro para experimentar.
Na minha opinião não estava em condições de dar o supra-sumo dos concertos que tantas vezes adiou. Doze anos fora dos palcos não se recuperam dum dia para o outro. Ou foi isso que o matou, ou foi o que o levou a simular a morte. Acabavam-se os problemas financeiros, o espectáculo era dado a muitos mais milhões e as vendas de todos os álbuns anteriores ultrapassariam os Beatles. Problemas resolvidos, uma vida de luxo longe de tudo.
Seja como for não tenciono ver o filme onde usam o nome de Kenny Ortega. Independentemente de quem realizou colar retalhos de um ensaio feito meses antes não é dirigir um filme, é fazer a montagem. E para filmar entrevistas prefiro o trabalho de um jornalista ou documentalista ao de um realizador de musicais.
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