Seção CINEMA // Intrigas de Estado
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Seção CINEMA // Intrigas de Estado


Nos bastidores da notícia

Intrigas de Estado // State of Play


Nota: 9,0


Como nessa época do ano só estréia bomba no cinema, eu raramente acompanho a programação. Ultimamente eu tenho visto e me interessei por esse, só por ver o elenco. Resolvi conferir sem saber nem a sinopse. Sempre é mais interessante assim. A gente não cria muitas expectativas. O filme é adaptação de uma minissérie britânica homônima, da BBC, de 2003, que tinha no elenco a Kelly MacDonald (Onde os Fracos Não Têm Vez), Bill Nighy (Piratas do Caribe) e o James McAvoy (Desejo e Reparação e O Último Rei da Escócia). Nessa Adaptação, o diretor foi o Kevin MacDonald, que ganhou o Oscar pelo documentário Four Days in September, sobre o seqüestro dos atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique, e depois fez O Último Rei da Escócia, que deu o Oscar ao Forrest Whitaker.

Bom, a história é sobre o assassinato de uma jovem assessora de um congressista americano, feito pelo sempre canastrão Ben Affleck. O caso passa a ser investigado por dois jornalistas, o Russell Crowe (Gladiador, O Informante, Uma Mente Brilhante), que fez faculdade com o Ben, e a Rachel McAdams (Vôo Noturno, Meninas Malvadas e Diário de Uma Paixão), que escreve fofocas pra sua coluna da versão online do jornal. Eles são supervisionados pela Helen Mirren (A Rainha, Gosford Park, As Loucuras do Rei George), a editora gananciosa do jornal, que visa os lucros da empresa, e o relacionamento entre o Russell e o Ben fica em jogo, já que se descobre que a assassinada era sua amante.

O elenco ainda se completa com o Jeff Daniels - que fez dois dos meus filmes favoritos, A Rosa Púrpura do Cairo e Laços de Ternura - como outro congressista, Jason Bateman - do seriado Arrested Development e Juno - como um relações públicas que sabe coisas demais (talvez o melhor papel do filme, mas não o desenvolvem) e a Robin Wright Penn – Forrest Gump, Casa no Fim do Mundo -, que faz a mulher do Ben, e tem um lance meio platônico com o Russell. Ainda tem uma ponta da Viola Davis, que se mostrou uma atriz explêndida em Dúvida. Achei que a história tem umas incongruências, tipo a presença do Ben Affleck. Ele é muito novo pra ser um parlamentar, muito novo pra ser casado com a Robin, muito novo pra ter dividido quarto da faculdade com o Russell, a não ser que o Russell tenha entrado na faculdade tarde demais, além de muito mau ator pra fazer esse filme.

Parece que existe nas produtoras um sistema de cotas na seleção de elenco dos filmes, igual seleção de candidatos a reality show. Tem que ter a diva, a Helen, o ator difícil, o Russell, a jovem promessa, a Rachel, e o galã pra atrair público, onde entra o canastrão. Podiam ter trocado ele de papel com o Jeff Daniels ou com o Jason Bateman. Ia ter ficado muito melhor. A crítica especializada recebeu bem o filme, mas preferiu a minissérie. O filme precisou de 4 roteiristas pra fazer adaptação, entre eles o Tony Gilroy que escreveu a seqüência Bourne, Duplicidade que está nos cinemas agora, e foi indicado ao Oscar por Conduta de Risco e o Peter Morgan, que fez A Rainha e Frost/Nixon.

Como disse antes, fui sem expectativas e fui adorando o filme. Até o final. O filme tem várias reviravoltas interessantes, que não cansam ou confundem como as de Anjos e Demônios por exemplo. Mas a última reviravolta fez o filme perder um ponto na nota pra mim, porque desfez todas as críticas que ele antes havia feito, que certamente foi o que mais me prendeu na história, e acabou levando a história apenas para o lado pessoal. Se tivessem cortado essa última por mim ele ficaria perfeito. E eu vou logo acabar com esse texto porque tá longo e eu já to com ódio do Word que fica corrigindo automaticamente Ben para “Bem” o tempo inteiro.



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