Jogo Entre Ladrões // The Code
Nota: 4,0Bom, depois de passada a temporada do Oscar, normalmente os cinemas são bombardeados com filmes menos “sérios” e mais comerciais. Filmes ruins, sejamos francos. E esse aqui não é exceção. Pela presença de Mimi Leder, que dirigiu Impacto Profundo e O Pacificador, já dava pra desconfiar o que estava por vir, mas eu fui no cinema com amigos sem nem saber o que ia ver, e acabamos vendo esse porque era mais cedo. A outra opção (Watchmen) eu desconfio que seja tão ruim quanto...
Bom, a história é sobre um ladrão de sucesso (seja lá o que isso for), feito pelo Morgan Freeman. Morgan é um ator que eu considero extremamente superestimado. Ele é bom, mas para cada Conduzindo Miss Daisy, Seven ou Um Sonho de Liberdade que ele faz, ele faz mais dez O Todo Poderoso, Menina de Ouro, Banquete de Amor ou O Apanhador de Sonhos. Tá garantindo a aposentadoria... Na boa, prefiro ver filmes com Bruce Willis ou Keanu Reeves, que são podres de canastrões, mas só fazem filmes no mínimo divertidos.
Opa, falando em canastrão, quem entra na história é o Antonio Banderas. Faz tempo que eu não vejo alguém tão ruim em um filme. Superou o Robert Pattinson em Crepúsculo. Ele e a Penélope Cruz de fato só funcionam em filmes espanhóis. Ou afins... Ele faz outro bandido que cansou de Miami e vai pra Nova York para ter novos desafios. Lá eles se conhecem, e o Morgan, devendo até a alma pra Máfia russa, o convence a roubar uma joalheria famosa. Nisso ainda tem o Robert Forster como um policial que tenta prender o Morgan há séculos. Praticamente o mesmo papel que ele fez em Jackie Brown, só que o outro filme é muito melhor.
A presença do Antonio é dolorosa. Cada cena é ridiculamente mal interpretada. Não consegue nem ser caricato, ou engraçado de tão ruim. Fica só no péssimo mesmo. Acho que deve ter no contrato dele que ele tem que dançar e mostrar a bunda em todo filme que faz. Além de fazer pose de galã. Nesse aqui, essa última parte não funciona. O roteiro é fraco e previsível, a história demora muito pra começar, além de o final ser horroroso. E o Antonio pagar de babaca ou bobo alegre. Meio que uma apologia à criminalidade. Logo no começo o Morgan filosofa algo tipo: algumas pessoas nascem para grandes feitos (tipo curar doenças, invenções revolucionárias, etc.), e eu nasci para roubar. Uma fineza! Já pensou se a moda pega? Quer dizer, já pegou, mas não precisa difundir ainda mais ainda a canalhice.