Crítica: Midnight Special
Cinema

Crítica: Midnight Special


Por Fabricio Duque
Direto do Festival de Berlim
16 de Fevereiro de 2016

Talvez o filme ?Midnight Special?, do cultuado diretor americano Jeff Nichols (de ?Take Shelter?, ?Mud?), seja o antagonismo do Festival de Berlim 2016, por mesclar, na mesma narrativa, sobrenatural à moda de ?Arquivo X? e de ?ET - O Extraterrestre? (a cena da bicicleta é incorporada pelo subjetivismo da câmera-grua-espacial, a ação das perseguições e de tiros cruzados, características do cinema comercial, conspiração ?A Ilha", fugas em abrigos (e quartos), ficção científica ?Matrix? de ser, seitas a La ?A Vila? e ?The Following?, Armageddon (chuva de meteoros), relação ?Thelma e Louise? em versão masculina. Aqui, uma criança de oito anos (o protagonista - inerpretado por Jaeden Lieberher) participa de um mistério, quando aparentemente é ?sequestrado? por dois homens (sendo um o "pai" do menino - os atores Michael Shannon - de novo - e Joel Edgerton) de uma comunidade religiosa (um rancho), que usa a ?língua do Senhor Deus? (a mesma do Governo). Aos poucos, percebemos que o garoto é o ?escolhido" e tem poderes especiais extraterrestres (cuja inferência a ?Super-Homem? torna-se referência explícita quando se lê as histórias em quadrinhos - ?Kriptonita??) causam o sentimento de ?conforto" e de ?proteção" nas pessoas, em uma trilha-sonora relaxante e psicodélica, transmutando seres em zumbis existencialistas. A narrativa segue o suspense iminente, em que qualquer acaso-influenciado pode mudar o rumo do caminho. ?De vez em quando, algo está acima de nós?, diz-se e que com um parênteses-digressão, nós, espectadores, lembramos do clipe ?Total Eclipse Of The Heart?, de Bonnie Tyler. Sim, inevitavelmente, somos cúmplices por aceitar a liberdade poética à estrutura hollywoodiana, com suspense ectoplasmático-sensorial-cósmico nos ruídos de batidas musicais, e por aceitar a manipulação de nossa atenção. ?Eu gosto de me preocupar com você?, emociona-se e a a energia-fantasmagórica de Apichapong tem seu final-redenção de ?Melancolia?, de Lars von Trier. Um longa-metragem que prende de tal modo que nosso cérebro é ?abduzido" pela edição hiperativa, eletrizante e curiosa dos acontecimentos que se sucederão. Recomendado.



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